quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um dia na Pré-História


Levantei-me de manhã, na minha cabana feita de ossos e peles. O meu marido foi à caça ontem (caçou um veado e um hipopótamo). Hoje, a minha tarefa e das outras mulheres é cozinhar o que caçaram ontem, mas também tenho de cuidar dos filhos e filhas das outras mulheres. Agora tudo se tornou mais fácil, porque conseguimos falar muito melhor uns com os outros; o fogo ajudou-nos muito naquelas noite à roda da fogueira. Foi pena quando uma espécie nova de um animal, que nunca fora visto por nenhum de nós, nos levou o chefe… o nosso querido chefe! Hoje foi o enterro, pusemo-lo em posição fetal , pintámo-lo de vermelho e não nos esquecemos dos restos de comida. Acreditamos que ele vai renascer, noutra vida e será muito mais feliz… mas também não se sabe. Este mundo é tão complicado e nós somos apenas um pequeno pontinho quando vemos aquele céu (acho que é assim que o chefe lhe chamou… mas não tenho a certeza...) azul e brilhante. Depois do enterro apeteceu-me pintar, fui buscar a gordura de animal e algum sangue que restava da caçada de ontem. Fiz uma pintura de um veado com vários homens. Depois fui rezar à Vénus (a “deusa” da maternidade e da fecundidade) para ver se nasciam mais crianças. Espero que o meu desejo se concretize pois precisamos de mais homens para a caça, e também mais mulheres para cuidar das crianças. Bom.. hoje de manhã olhei-me no lago, e vi que estou mais direita. Estou a ficar mais bonita!

 
Ana Beatriz Vasques
nº1
7ºC (2010-2011)

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