quinta-feira, 27 de maio de 2010

O espelho

Humberto fecha as portas de casa com estrondo e atira a pasta para um canto.
– Outra vez um 1 a matemática!
– Ah, que figura horrorosa! – grita Humberto para a imagem que vê no espelho.
A imagem à sua frente não parece estar com medo e devolve-lhe o olhar, furiosa. Até levanta a mão e aponta para Humberto.
– Tu é que és ridículo!
– Eu? – gagueja Humberto.
– Olha só os teus pés, que tropeçam em tudo!
Ou as tuas mãos desajeitadas, que partem tudo!
Ou a tua boca, que gagueja de cada vez que lês!
Ou o teu pescoço, que nunca está limpo!
Ou os teus olhos, que durante as aulas estão sempre a olhar lá para fora!
Ou a tua cabeça, que nunca se lembra de todos os trabalhos de casa que trazes para fazer e se engana sempre nas contas de matemática.
– "Sempre… Nunca… Mal…" Passo o dia todo a ouvir isto! Não preciso que mo andes sempre a repetir! – Helmut está furioso. Ninguém gosta que uma imagem o acuse desta forma! Prepara a mão para infligir uma bofetada bem forte a si próprio… mas alguma coisa se mexe atrás dele…
Uma segunda imagem aparece no espelho por detrás da sua. É a da irmã, Eva, que se põe em frente dele e lhe diz:
– Eu sei que os teus pés correm tanto, que conseguem afastar quem me quer insultar.
Eu sei que as tuas mãos fazem aviões de papel que voam como nenhuns outros.
Eu sei que a tua boca consegue contar histórias que, embora não sendo verdadeiras, são muito cativantes.
Eu sei que os teus olhos conseguem ver lagartas e borboletas maravilhosas que eu nunca veria.
E eu sei que a tua cabeça está cheia de ideias que não queres contar a mais ninguém.
Humberto espanta-se.
– E és tu que dizes isso? Tu, que te queixas cem vezes ao dia que tens um irmão tão palerma?
– Sim – responde Eva. – Dizemos sempre mal daqueles que não compreendemos. – Eva aponta com o dedo para a imagem atrás das costas. – Mas nem vale a pena tentar explicar-
-lhe isso, porque ela não entende essas coisas.
Wolfgang Wagerer
Jutta Modler (org.)
Brücken Bauen
Wien, Herder, 1987
A Equipa Coordenadora do Clube das Histórias

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Boa ideia, mãe

Ele era muito distraído. Um cabeça-no-ar. Péssimo para fazer recados. Mas, mesmo assim, a mãe dele insistia:
– Ó Pedro, vai ali, se fazes favor, à mercearia do senhor Cosme e traz-me dois quilos de batatas.
O Pedro ia e voltava a correr com uma batata na mão.
– Então as outras? – perguntava a mãe.
– Já vou buscar, mãe – dizia o Pedro.
Nova corrida e nova batata. Trazia-as uma a uma...
– Ó filho, que trabalheira! Metia-las todas num saco e trazias, de uma só vez.
– Boa ideia, mãe. Para a próxima já sei.
O recado seguinte tinha a ver com o porco, que tinha ficado em observação no veterinário, por causa de umas vacinas, e que a mãe não tivera ainda tempo de ir buscar. Mandou o filho.
Quando o rapaz regressou sem o bicho, a mãe admirou-se.
– Fui metê-lo num saco e ele não quis – explicou o Pedro.
– Ó filho, trazia-lo para casa com um cordelinho amarrado pelo pé e tocáva-lo para diante com uma varinha.
– Boa ideia, mãe. Para a próxima já sei.
Pouco depois, a mãe mandou-o à feira para comprar um cântaro. Quando o Pedro chegou a casa trazia só a asa do cântaro, presa a um cordel. E ele, muito contente:
– Fiz como a mãe disse.
O que valia ao Pedro cabeça-no-ar é que a mãe tinha muita paciência. Ai dele se não tivesse!
António Torrado
A Equipa Coordenadora do Clube das Histórias

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Alta como uma estaca


Alexandra arranca os ganchos coloridos do cabelo preso e solta-o.
Nem aos ombros lhe chega. Não é comprido nem curto nem nada bonito.
Buu!! Alexandra faz uma careta para a sua imagem no espelho. O cabelo faz lembrar as repas do seu cão Bitó.
A um galgo até ficam bem. A Alexandra, não.
Nem sequer tem uma cor definida o cabelo de Alexandra. Não é loiro nem castanho. Está entre loiro-escuro e castanho claro.
Furiosa, Alexandra agarra no sabonete molhado que está pousado em cima do lavatório e besunta o espelho todo com riscas cor-de-rosa diagonais, sobre a imagem da sua cara.
Alexandra não se suporta a si própria.
Nem aos seus olhos azul-pálido.
Gostava era que fossem castanho-escuro, como os da Manuela, a vizinha do lado.
Pior do que as repas à cão e dos olhos azul-claro é a sua altura. É um palmo mais alta do que o maior rapaz da turma. Ainda ontem o pai tornou a dizer:
A Alexandra cresce como um pé de feijão: cada vez mais!
E o que hão-de dizer os parentes que não vêem Alexandra há muito tempo?
Meu Deus! Cresceu tanto! Daqui a pouco estás maior do que nós!
Ainda bem que não dizem:
Olá, girafa, como estás!?
Durante a noite, Alexandra sonha que tem uns pés muito pequeninos e umas pernas curtas, mas um pescoço enorme, enorme como um campanário e, bem lá no cimo, balança uma cabeça pequena. Vê-se a correr por uma praça fora com muita gente atrás dela, mas não consegue esconder-se em lado nenhum.
O pior é quando recebem visitas que nunca tinham visto Alexandra.
Aah! costumam dizer à mãe, e depois fazem uma pequena pausa. Então esta é que é a tua filha!...
E soa como se dissessem: então este é que é o camelo de quem se fala na família e entre os amigos.
Alexandra exagera um bocadinho. Como não gosta de si, põe na boca dos outros a ideia que tem de si.
É certo que Alexandra é alta para a idade, mas não é uma girafa, um camelo ou um dinossauro. Dinossauro, inventou-o ela agora mesmo.
E hoje gostava de estar especialmente bonita. Para o engraçado do tio Ralph que, passados quatro anos, os visita de novo em Viena. O tio Ralph vive em Londres e está casado com a irmã da mãe.
Mas, quando vir Alexandra, também ele vai, com certeza, dizer:
Então esta é que é a pequena Alexandra?
Ela não tem nada de que se possa gostar à primeira vista. Não é pequena nem graciosa como a Manuela do lado. Não tem olhos escuros nem cabelos bonitos como os da Manuela, castanhos cor de avelã. Alexandra é um feijão e os feijões não são dignos de apreço.
Para além do pai e da mãe, mais ninguém é carinhoso para com um feijão. Alexandra vê muito bem a diferença de trato em relação à Manuela do lado. Se cá vem quando estão com visitas, as visitas ficam logo com os olhos a brilhar, embora ela nem pertença à família.
Abraça-se a Manuela, até se lhe faz festas no cabelo e pergunta-se-lhe o nome, como se isso fosse de uma grande importância.
Na semana passada, na aula de Desenho, Alexandra teve de fazer um auto-retrato, mas a folha era muito pequena. Começou em baixo, com os pés, e ainda só ia na testa quando o papel acabou, em cima. Já não houve espaço para o cabelo, e assim teve de ficar careca.
De algum tempo para cá, adoptou uma má postura: um pouco inclinada para a frente, os ombros ligeiramente encolhidos, as costas um pouco curvadas. Nesta posição, Alexandra parece uns bons dois centímetros mais pequena do que aquilo que realmente mede.
Quando, na aula, é chamada ao quadro, encolhe ainda um pouco a cabeça e avança com a nova postura de "dois centímetros a menos". Corada, à frente do quadro preto esverdeado, sendo a única de pé no meio dos outros vinte e três colegas sentados, parece-lhe ser maior do que nunca. Por isso, dobra ainda imperceptivelmente os joelhos, o que lhe retira mais meio-centímetro.
O meio-centímetro faz muito bem à auto-estima de Alexandra.
A mãe põe a mesa para a chegada do tio Ralph.
A Manuela não pode vir cá hoje, quando o tio Ralph cá estiver! Pelo menos hoje, queremos estar a sós com ele diz Alexandra.
A mãe tira uma pétala amarela a uma rosa.
Também acho melhor assim. Agora que o Ralph acaba de chegar. Mas diz lá… a mãe vira-se para Alexandra. Discutiste com a "Manni"?
Não… sim… –– Alexandra não quer, de modo nenhum, revelar o verdadeiro motivo: a Manuela tem os olhos castanhos-escuros e o cabelo cor de avelã e é pequena e delicada. O tio Ralph nem devia vê-la à frente. Pelo menos, por enquanto.
É grave? pergunta a mãe. A Manni é sempre tão querida. O que é que se passa entre vocês as duas?
Ah, não é nada abandona a sala apressadamente.
"Manni" … Aqui está outra coisa enjoativa. "Manuela" é muito mais bonito do que aquele diminutivo, que é mesmo estúpido. Ainda assim... "Manni" é um nome carinhoso, uma coisa para meninas pequenas, queridas, delicadas.
Só os pais é que a tratam por "Xana". Mais ninguém se lembraria de lhe dar um nome pequeno. Um nome comprido, com imensas letras, assenta como uma luva a um longo pé de feijão.
Põe os ganchos do cabelo aconselha a mãe, assim que a filha volta à sala. Pelo menos os cabelos parecem em ordem. Se o avião de Londres tiver aterrado a horas, o pai pode chegar aí com o tio Ralph a qualquer momento.
Com os ganchos fico mal!
De repente, sente os olhos marejados de lágrimas. A mãe não dá conta porque está de costas, a pôr a mesa. De repente, Alexandra ganha raiva também à mãe, que põe a mesa, que dobra os guardanapos em leques azuis-claros e que arranja as flores da jarra para que pareçam bonitas, vistas de qualquer lado.
"Bem posso compor-me quanto quiser", pensa Alexandra. "Com ou sem ganchos fico sempre sem graça nenhuma."
Olha! Aquela é a voz do tio Ralph, com o seu inglês engraçado, todo enrolado. A porta vai abrir-se a qualquer momento.
Alexandra corre para a casa de banho, pega nos ganchos em forma de rosa e prende-os no cabelo, de ambos os lados.
Ao menos os ganchos são bonitos!
Olá! grita a mãe abraçando o cunhado.
O tio Ralph pousa a pesada mala preta, deixa descair dos ombros o saco de desporto de onde sai uma raquete de ténis.
Great to be back home exclama, como se a sua casa fosse ali e não em Inglaterra. Com o Tio Ralph, uma pessoa sente-se logo à vontade! Ri muito e sabe montes de boas anedotas. Até anedotas para crianças.
Está moreno e, com o bigode crescido dos lados, até se parece um pouco com um leão-marinho.
Alexandra observa o tio Ralph do vestiário, onde se escondeu até se decidir a ir cumprimentá-lo. Dantes, quando era pequena, corria para ele de braços abertos.
Hoje, não está para corridas. O tio Ralph ainda se assusta se vê uma coisa tão alta a correr para ele…
Um pé de feijão não corre.
And where is little Alexandra? pergunta o Tio Ralph, procurando-a com o olhar à sua volta.
Alexandra estremece.
Bem diz o pai, não sem orgulho. Até vais admirar-te. Da little Alexandra fez-se uma grande Alexandra. Espero, caro Ralph, que, a partir de hoje, fales alemão! O meu inglês não vai além de good morning e good evening.
Okay! Então, onde está a Alexandra? a forma como o tio pronuncia soa a "Aleksandruá"!
Devagarinho, Alexandra sai da meia-escuridão e dirige-se ao tio na sua postura de "dois centímetros e meio a menos".
Ele abre os braços cheio de uma alegria efusiva. É bonito porque o Tio Ralph "esmaga-a" exactamente como dantes.
My goodness! espanta-se. What a big girl! Mas que grande rapariga tu ficaste!
Os cantos da boca de Alexandra encolhem-se e descaem.
Like a manequim!! acrescenta o tio Ralph radiante.
Da forma como o tio pronuncia a palavra estrangeira, ela não pode significar nada de feio. Nenhuma girafa, nenhum dinossauro.
Ele diz: "man'cã" e pronuncia as últimas sílabas pelo nariz como se estivesse constipado.
A mãe ri porque reparou na expressão de surpresa e confusão de Alexandra.
Manequim é uma palavra francesa explica. Já te contei uma vez que a minha irmã Deborah fazia desfiles. Era manequim.
Ah! diz Alexandra.
Antes de poder continuar a falar, o Tio Ralph fá-la girar sobre si mesma, observa-a de todos os lados e prega-lhe na testa um beijo áspero por causa do bigode.
Asseguro-vos repete que vai ser igualzinha à minha Deborah. Até tem os mesmos olhos claros! Beautiful blue eyes!!
Alexandra fica espantada. Que surpresa! Abre bem os olhos azul-água porque assim parecem mais azuis e de certeza que ficam mais bonitos.
O pai dá pancadinhas na cara da filha. É o que faz quando está orgulhoso dela, mas Alexandra não suporta aquilo. Já não é nenhum bebé. E agora muito menos.
É uma futura manequim.
Bem, e agora vamos merendar. Tens de descansar da viagem diz a mãe.
Anda cá! o Tio Ralph chama Alexandra com um gesto. Senta-te à minha beira!
Durante a merenda, Alexandra desabrocha como um pé de feijão, que cresce muito direito, com muitos rebentos brancos. Alexandra sente-se outra.
O tio Ralph segura-lhe na mão o tempo todo, excepto quando empurra com o polegar um pedaço de bolo para o garfo.
diz, referindo-se a Londres muitas raparigas são altas. Altas e elegantes como Alexandra, mas não tão bonitas! e pisca o olho esquerdo. Mas os vienenses são todos uns arõezinhos!
Anõezinhos corrige-o o pai.
Depois do leite achocolatado, Alexandra levanta-se e dirige-se ao quarto de banho, de costas direitas, ombros direitos e com os seus dois centímetros e meio novamente recuperados.
Vai direita ao espelho e apaga, com uma toalha húmida, as riscas de sabão.
O reflexo de Alexandra no espelho vai-se tornando mais nítido. Vê os seus olhos azul-água e sorri, radiante, para a sua nova imagem.
Alexandra tira os ganchos do cabelo. Não precisa deles. Assim também é bonita.
O tio Ralph foi muito, muito simpático para com ela, segurou-lhe na mão e disse-lhe que era bonita. E em Londres toda a gente é alta. E elegante.
"Afinal", pensa Alexandra, "sempre vou dizer à Manuela que venha cá hoje."


Evelyne Stein-Fischer
13 Geschichten vom Liebhaben
Munique, DTV Junior, 1990
(Tradução e adaptação)
A Equipa Coordenadora do Clube das Histórias

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Acróstico - LEITURA
L er é
E studar,
I maginar e
T rabalhar,
U tiliza a palavra leitura para
R eler a tua
A ventura!
Sasha, nº16,6ºC.

II Encontro das Bibliotecas Escolares do Algarve


LITERACIAS NO SÉCULO XXI


Hotel Vila Galé - Tavira


Com a participação dos alunos da turma CEF B do nosso Agrupamento


terça-feira, 4 de maio de 2010

Casa 5 convida-o para a abertura da exposição 'PAULO SERRA' / Invitation









CASA 5 - Associação de artes plásticas e visuais de Tavira. Tem como objectivos desenvolver e promover projectos de artes plásticas e visuais, através de actividades tais como exposições de artes plásticas, residência de artistas, passeios temáticos pela cidade e projectos em parceria com outras entidades afins, exposições conjuntas, mostra de projectos dos artistas residentes, workshops de artes e sessões de leitura. Exposições artísticas no centro da cidade Tavira, no Algarve, Portugal. Mostramos desenhos, pinturas, colagens e fotografias de artistas nacionais e internacionais.

Telefone: (00351)281324764
Mobile:
(00351) 969679691
casa5tavira@gmail.com
http://www.tavira-casa.com/
Paulo Serra exposição
Maio 8 - 30, 2010
Rua 1 Maio 5, Tavira.
abertura Maio 8, 19.00 h, com música ao vivo com Raimund Engelhardt.


Conheci o Paulo Serra há uns anos atrás, quando este expôs no Palácio da Galeria, em Tavira.
Desenhos de grande formato, fáceis de entender visto que este mostra, através do seu trabalho uma grande abertura, indo directamente ao encontro do espectador, parecendo proclamar que nada há a esconder. De um modo ingénuo, tal como nos trabalhos do movimento "Art Brut", do século XX, mas sem dúvida contemporâneo, com uma linguagem bem actual, sem vergonha, sem mensagens moralistas, ele fala-nos de coisas que normalmente guardamos para nós próprios.
Casa 5, Matthijs Leijenaar, 2010.

I met Paulo Serra for the first time a couple of years ago, when he held an exhibition in the Palacio in Tavira. Large drawings, easy to understand works because he shows openess and directness; it seems he want to say that there is nothing to hide. In a way naive, like the work of the "Art Brut" movement from the 20th centrury, but definitely in a contemporary way, in today's language, without shame, without a moralistic message. He speaks about things you normally keep for yourself.
Casa 5, Matthijs Leijenaar, 2010


Paulo Serra
O problema instala-se assim que o olhar encontra o quadro. não que o problema começe com esse primeiro olhar, apenas parece residir aí. um problema sem começo e, portanto, sem fim, não chega a ser um verdadeiro problema mas incomoda. incomoda o intelecto que, entretanto, já marcou desemfreadamente uma rede de pontos de reconhecimento, mapa de território familiar. em vão! esses pontos estão lá, que digo, regiões inteiras oferecem-se à nossa razão, sem pudor nem vergonha, numa orgia semiótica, mas o problema persiste. pior, agrava-se à medida que o quadro procura o nosso olhar, desnudando-se ,criando autênticas zonas erógenas, de combate, onde a palavra se cala, ignorante, quase humilhada, mas estranhamente agradecida. desesperada a razão encontra a técnica. claro, a técnica! reparem como esta sobreposição de conceitos pictóricos se escapa obstinadamente a um último olhar.como o uso de múltiplas perspectivas gera um espaço dinãmico que penetra o espaço circundante , o nosso espaço. como este corpo no seu movimento, revela a anatomia que é também a do meu corpo. e como esta mancha de tinta, esta cor em contraste com este traço fino e vivo me transtorna e emociona! ... não! não é a técnica, não é a razão, não é a emoção. é a vida! este quadro sou eu que estou vivo a olhar um quadro que me emociona porque é vida. paulo serra, criador de espelhos de alma própria, pinta a sua vida!
José luis.

Paulo Serra, Olhão, 1965.
Formação em Artes Visuais no Secundário da Escola Tomás Cabreira em Faro.
Na Faculdade de Belas Artes esteve dois dias.
Desde 2002 expõe em Portugal e na Alemanha.
Entre 2005 e 2006 residiu em Berlim.
Continua a sua formação artística actualmente com Nuno Faria.



(...) a coragem na arte é a mesma que na vida, por detrás de cada artista está um homem (...)
José Bivar, 2002
(Pintura) Galeria Margem, Faro.
(...) durante 2 meses observa e regista através da linguagem do desenho o dia a dia de doentes do foro psicológico (...)
Rosa Trindade, 2004
(60 dias em psiquiatria) Hospital Júlio de Matos.
(...) está em harmonia com os seus trabalhos feitos de momentos com história e de históricos movimentos em si...com histórias que nos provocam assombros e reactividade emocional (...)
Isa Catarina Mateus, 2004
(60 dias em psiquiatria) Hospital Júlio de Matos
(...) enquanto agachado, recortava gafanhotos roxos e se concentrava e dividia no som da sua voz entre o cavo e o silibino (...)
Cidália de Brito, 2005
Galeria da Restauração, Olhão
(...) de pensar a Arte, procurando um equilíbrio nos riscos de quem os assume (...)
Costa Pinheiro, 2006
(Passagens) Palácio da Galeria, Tavira.
(...) o facto é que á hora combinada me apareceu um jovem magro e de olhar intenso sobraçando uma pasta de desenhos (...)
Bartolomeu dos Santos, 2008
(Lápis) Palácio da Galeria, Tavira.
(...) começa por desenhar do natural, priveligiando nas suas escolhas a dimensão afectiva (...)
Vasco Vidigal, 2008
(Pegadas) Galeria Bernardo Marques
(...) vestígios de pequenas asperezas, incómodos, distorções, desproporções, convergências, fugas, concomitâncias (...)
José Luis Pereira, 2009
Galeria Trem