quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A caminho do Natal



O inverno tinha chegado e com ele a neve que caía em grandes flocos. A água deixara de correr nos ribeiros gelados, e as aves, empoleiradas nas árvores, já não cantavam, de cabeça recolhida debaixo das asas. Um vento glaciar obrigava as pessoas a manter-se em casa ao canto da lareira.
Naquela terra corria o rumor de que o senhor de um reino longínquo andava à procura de alojamento para o seu filho.
 
Simão, um mercador rico da cidade, que vivia sozinho com a mulher numa grande mansão, tinha ouvido falar disso. Esse tal rei vem de certeza bater-me à porta, pensava ele, pois a minha casa é a mais linda da região!
 
E ficou no limiar da porta, à espreita, esperando o coche real.
Mas a rua permanecia escura e deserta.
 
A mulher de Simão entrou na sala. Caminhava com dificuldade, de costas curvadas, apoiada numa bengala. Tinha imensas dores de pernas. Trazia um castiçal que pousou em cima da mesa.
— Uma vela só é muito pouco! — disse o marido em tom de crítica — Acende todas as lanternas da casa e põe uma em cada janela.
— Tanta luz para quê? — admirou-se a mulher.
— Vai vir um rei a nossa casa! — explicou Simão. — A casa tem de se ver ao longe, de noite. Se ficar cá, receberemos uma bela recompensa. É por isso que deves iluminar as janelas. Despacha-te! E prepara uma boa refeição, digna de um rei. Anda, despacha-te!
A muito custo a mulher deu volta à casa a iluminar todas as janelas. Tinha chegado à última divisão quando alguém bateu à porta. Foi abrir muito devagar.
O recém-chegado trazia um casaco já muito puído e, nos pés, uns sapatos rotos.
 
— Boa noite, minha senhora — disse ele — Será que poderia alojar o meu filho só por esta noite? Está tanto frio cá fora!
 
O homem tinha ar de mendigo, mas o seu rosto resplandecia. E os olhos emitiam um brilho estranho que parecia vir do mais profundo da alma.
Mas Simão não deu por nada. Só via os farrapos do pobre.
 
— Vai-te embora! — disse ele. — Esta casa não é para mendigos!
— A minha recompensa será grande — disse o forasteiro. — E vale mais do que todo o ouro e todas as riquezas deste mundo.
Simão desatou a rir, trocista:
— E onde escondes tu os tesouros? Debaixo desses farrapos ou no teu saco roto?
Entretanto a mulher de Simão tirara o xaile e entregara-o ao mendigo. Também lhe deu uma fatia de pão e uma chávena de leite.
— É tudo o que lhe posso dar! — murmurou.
— Muito obrigado! — disse o forasteiro.
 
E pegando na bengala em que ela se apoiava, arrumou-a junto do armário.
— Daqui em diante não vai precisar mais dela! — acrescentou, antes de desaparecer na noite. Envolvia-o um halo de luz.
A mulher sentiu-se de imediato livre dos seus sofrimentos. As pernas já não lhe doíam. Endireitou-se e deu alguns passos.
— Estás a andar como dantes! — exclamou Simão maravilhado. — E a bengala?
— Já não preciso dela! — disse a mulher com voz trémula. — Foi um milagre. O forasteiro curou-me…
— Um mendigo que faz milagres? Deixa-te de tolices! — resmungou Simão.
— Aquele desconhecido irradiava uma luz especial… — prosseguiu ela — O Rei é ele, tenho a certeza, um Rei vindo de longe…
 
Simão ficou pensativo. O desconhecido tinha falado numa recompensa que valia mais do que todo o ouro e todas as riquezas deste mundo. E acabava de realizar um milagre. Então Simão compreendeu…
 
— O que eu fui fazer! Que miserável sou! — exclamou ele — Depressa, tenho de o encontrar!
Enfiou as botas e o casaco e saiu a correr.
 
Tinha parado de nevar. O vento glaciar deixara o céu a descoberto, agora semeado de estrelas. No silêncio da noite, Simão ouviu uma voz que o chamava ao longe. Mas não via ninguém. Descobriu pegadas na estrada, e pôs-se a segui-las, descendo em direção à igreja. Ali, encontrou uma mulher a chorar.
 
— Que te aconteceu? — perguntou ele.
— Tenho muito frio! — gemeu a idosa.
Então, cheio de remorsos, Simão deu-lhe o casaco.
Depois continuou a caminhar, seguindo as pegadas na neve. Um pouco mais à frente, viu um rapaz a soluçar. Também ele tinha frio, descalço na terra gelada, com os pés gretados. Simão descalçou as botas forradas e deixou-as ao miúdo.
— Simão! — chamou de novo a voz. Parecia mais próxima do que da primeira vez, mas Simão continuou a não ver ninguém.
 
Descalço, pôs-se a andar, guiando-se sempre pelas pegadas da neve.
Mais longe, passou junto de um idoso que tremia, sentado junto de uma árvore. Vestia apenas uma camisa. Simão despiu o casaco e pô-lo sobre os ombros do mendigo. Também ele sentia agora o vento a morder-lhe a pele nua. Então, pela terceira vez, alguém o chamou:
 
— Simão — disse o Rei, — passaste todas as provas que semeei no teu caminho. Continua a seguir o trilho e chegarás diante de uma pobre cabana. Aí encontrarás o meu filho deitado nas palhas de uma manjedoura. Está à tua espera.
Simão obedeceu.
E as pegadas na neve conduziram-no a um estábulo.
 
Tal como o Rei dissera, um Menino estava deitado nas palhas de uma manjedoura.
Uma grande luz iluminava aquele lugar e um calor suave aqueceu Simão até ao fundo da alma.
Sentiu-se invadido por uma enorme felicidade e uma grande paz encheu-lhe o coração.
Então, ajoelhou e pôs-se a rezar.
E o Menino sorriu-lhe.
 
 
Anneliese Lussert ; Loek Koopmans
Sur le chemin de Noël
Namur, NordSud, 1995
(Tradução e adaptação)
 
A Equipa Coordenadora do Clube das Histórias
 
 
 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Uma cidade, dois irmãos

 
Em tempos que já lá vão, Salomão reinava na cidade de Jerusalém. Durante o seu reinado, mandou edificar um templo magnífico para o povo. Era um edifício único, um lugar santo. Todos os dias, o monarca recebia no palácio a visita dos seus súbditos, a quem dava conselhos, quando lhos pediam, ou julgava aqueles que tinham infringido as suas leis.
Um dia, apresentaram-se diante do rei dois irmãos. O pai falecera há pouco e ambos disputavam a herança das suas terras. Pediram a Salomão que os aconselhasse.
— Segundo a lei, deveria ser eu a herdá-las! — disse um dos irmãos.
— Mas é de justiça que eu receba a minha parte! — exclamou o outro.
O rei, que era sábio, escutou-os primeiro. Mas, ao ver que cada vez gritavam e se encolerizavam mais, levantou a mão, ordenando que se calassem, e disse:
— Vou contar-vos uma história que ocorreu há muito tempo, muito antes de aqui haver uma cidade, muito antes de esta terra ter um templo.
Eis a história que contou o Rei Salomão:
 
Há muito, muito tempo, havia um vale sulcado por um rio, que abria caminho por entre as montanhas, a nascente, e desaguava no mar, a poente. O vale era rodeado por encostas cobertas de oliveiras e amendoeiras. No lugar onde o rio acompanhava a curva de uma montanha rochosa, havia duas povoações, cada uma delas com um punhado de casas de pedra, algumas lojas, e currais para os animais.
Nelas viviam dois irmãos que cultivavam campos no solo fértil do vale, a meio caminho entre as duas povoações. O irmão mais velho vivia na povoação acima dos campos que partilhavam. O mais novo vivia na povoação abaixo dos campos que cultivavam. Duas estradas ligavam os dois povoados: uma ficava no cume da montanha que os separava, a outra atravessava o vale e passava junto aos campos.
Todos os outonos, depois das primeiras chuvas, os dois irmãos pegavam nos seus burros e juntos aravam a terra e faziam a sementeira. E, todos os invernos, as sementes germinavam e cresciam até à primavera. Depois, as cabecinhas dos caules engrossavam e amadureciam e, no verão, já apresentavam uma cor dourada. Os dois irmãos ceifavam o trigo, debulhavam-no, e guardavam o grão em sacos.
Uma vez terminadas estas tarefas, os irmãos contavam os sacos e repartiam-nos de forma igual, ficando cada um com metade. Tocava a cada um a mesma quantidade de palha para os animais e a mesma quantidade de trigo para moer, converter em farinha, e fazer pão. Quando chegava o outono, começavam a lavrar a terra de novo. E assim se iam passando os anos.
O irmão mais velho casou e não tardou a ter a casa cheia de filhos para alimentar. Felizmente que a parte da colheita que lhe tocava durava sempre até ao fim do inverno, o que o deixava contente. O irmão mais novo nunca casou. Alguns diziam que não tinha encontrado a mulher que lhe convinha, outros diziam que gostava de levar uma vida tranquila. De qualquer forma, também ele se sentia contente.
 
Certo verão, a colheita foi excelente, melhor do que alguma vez fora. Os dois irmãos empilharam os sacos pesados e viram que havia vinte para cada um. Quando o irmão mais velho acabou de os amontoar, pensou no mais novo. "Tenho muita sorte em ter uma família", disse para consigo, "porque, quando for velho, cuidarão de mim. Mas o meu irmão não tem ninguém. Como tem de poupar para a velhice, vai precisar deste trigo mais do que eu."
Então, o irmão mais velho decidiu dar um presente ao irmão mais novo. Quando a noite se pôs, carregou três sacos de grão no burro e subiu a montanha por detrás da sua casa. Depois, desceu a encosta e foi até ao povoado onde vivia o irmão. Era uma noite sem estrelas nem luar. Contudo, ele conhecia tão bem o caminho que poderia fazê-lo de olhos vendados. Sem fazer barulho, dirigiu-se, pé ante pé, até ao alpendre onde o irmão guardava o grão e deixou três sacos junto dos que já lá estavam. Depois, regressou a casa, sorrindo, a pensar na cara do irmão quando visse os sacos na manhã seguinte.
No dia seguinte, depois de tomar o pequeno-almoço, a mulher perguntou-lhe como tinha corrido a colheita.
— Este ano só tivemos dezassete sacos — disse o marido. — Se não os gastarmos mal gastos, serão suficientes.
A mulher fitou-o, surpreendida.
— Só dezassete sacos? Parecia uma colheita tão boa...
O marido encolheu os ombros e sorriu. Enquanto a família acabava de comer, a mulher foi até ao lugar onde guardavam os sacos de trigo. Regressou a casa passado pouco tempo.
— Ó homem, estás tão cansado que nem sequer sabes contar os sacos.
— O que queres dizer com isso? — perguntou o marido.
— Fui ao armazém e contei vinte sacos, não dezassete.
— Não pode ser! — exclamou ele.
Foi ver com os seus próprios olhos e deparou com vinte sacos.
— Como é isto possível? Devo ter sonhado!
Naquela noite, depois de o sol se pôr, voltou a carregar três sacos no burro e levou-os até casa do irmão. Desta vez, para que o burro não se cansasse, tomou o caminho do vale. Na manhã seguinte, disse à mulher que só tinham dezassete sacos porque tinha oferecido três. Pôs um dedo nos lábios e disse, sussurrando:
— É um segredo.
A mulher olhou para ele, desconfiada:
— Tens a certeza do número de sacos? — perguntou.
— Claro que tenho. Vem comigo e já te mostro.
Mas, quando foram contá-los, eram novamente vinte. A mulher não achou graça ao sucedido.
— Porque troças de mim? Devias dizer-me a verdade.
— Será um milagre? — interrogou-se o homem. — Ou será que estou a ficar velho e já não me lembro do que faço?
Na terceira noite, depois do entardecer, saiu de novo com três sacos, decidido a dar o presente ao irmão, custasse o que custasse.
 
Três dias antes, o irmão mais novo, ao acabar de empilhar o último saco, pensara no irmão mais velho e nas bocas que este tinha de alimentar. "Ele precisa mais do trigo do que eu", pensou, "e já sei o que vou fazer. Sem ele saber, vou deixar três sacos dos meus junto dos dele, e terá uma bela surpresa pela manhã".
Quando já era noite, carregou três sacos no burro e, sob um céu sem estrelas, tomou o caminho do vale, rumo à casa do irmão mais velho. Uma vez lá, deixou os sacos no celeiro. No dia seguinte, o irmão mais novo reparou, com estranheza, que havia demasiados sacos de trigo no seu alpendre. Contou-os e estavam vinte. Mas, se tinha oferecido três, só devia haver dezassete. Como era possível que houvesse vinte? Teria sonhado?
Passou o dia a dar voltas à cabeça. Quando anoiteceu, voltou a carregar três sacos no burro, decidido que estava a ajudar o irmão. Desta vez, tomou o caminho mais curto, o que subia a montanha, para deixar os sacos ao irmão. Regressou a casa, sem que ninguém o visse. Na manhã seguinte, voltou a contar os sacos e viu que tinha vinte. "Isto deve ser imaginação minha", pensou. "Esta noite, levo-os sem falta". Naquela noite, pela terceira, vez, voltou a percorrer o caminho da montanha para ir ao povoado do irmão. Desta vez, havia lua cheia. Quando atingiu o cume da montanha, viu o irmão a dirigir-se para ele e pareceu-lhe estar diante do seu próprio reflexo.
Sem dizer palavra, ambos compreenderam porque se tinham encontrado ali. Os seus corações encheram-se de alegria, ao darem-se conta do amor fraternal que os unia. Foi naquela montanha, entre as duas povoações, que Jerusalém foi erguida. E, no mesmo sítio onde se encontraram os irmãos, construiu-se o templo sagrado.
 
Com estas palavras, Salomão deu por finda a história.
Os dois homens ficaram em silêncio e todos na sala de audiências ficaram suspensos da sua reacção. Ao fim de algum tempo, o irmão mais velho ergueu os olhos.
— Irmão — disse — o que outrora foi do nosso pai é agora nosso. Nem teu nem meu, mas nosso. Devemos partilhá-lo.
Abraçaram-se os dois e abandonaram a sala, de braço dado. Desde esse dia, tanto eles como as suas famílias viveram sempre juntos e felizes. E não havia história que os filhos ouvissem com mais atenção e interesse do que a dos dois irmãos, a história que Salomão, o rei sábio, tinha contado aos seus pais.
 
 
Chris Smith
Una ciudad, dos hermanos
Barcelona, Intermón Oxfam, 2007
(Tradução e adaptação)
 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ondjaki... Na nossa escola

Ontem, dia 26 de novembro e como foi anunciado, esteve presente na Biblioteca da nossa escola o jovem escritor angolano, Ondjaki, Prémio José Saramago 2013. Numa conversa divertida e informal, o escritor falou das suas obras e respondeu às muitas questões colocadas pelos alunos. No final deixou um conselho a todos os presentes...
 
"Quando quiserem e quando puderem, peguem num livro, num  livro qualquer e leiam!"
 

 

Não podemos deixar de fazer alguns agradecimentos:
- À representante do grupo Leya, Inês Luz, que tornou possível este evento;
- Às docentes de Português da escola EB 2/3 Dom Paio Peres Correia, pela dinamização do evento e pelos trabalhos realizados pelos alunos;
- À Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas, professora Ana Farrajota, pela sua presença;
- Às professoras bibliotecárias do Agrupamento de Escolas D. Manuel I, Isabel e Susana, pela presença;
- Aos elementos da CAP, professores José Baia e Vítor Junqueira, pelo apoio prestado;
- Às turmas presentes e aos professores que as acompanharam;
- À turma de CEF - Mesa e Bar e ao técnico Pedro Gonçalves, pelo serviço prestado no almoço oferecido ao escritor.
 
A todos... Obrigado pela colaboração e pela presença!
 
 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


ONDJAKI na Escola Dom Paio Peres Correia


 
 
No dia 26 de novembro, pelas 10h 30, estará presente na Biblioteca da Escola Dom Paio Peres Correia, em Tavira, o escritor angolano ONDJAKI, vencedor do prémio José Saramago 2013, com o romance Os transparentes.

Este jovem autor de 36 anos já publicou diversas obras, de que destacamos: Os da minha rua, O Assobiador, E se amanhã o medo, Momentos de aqui, A bicicleta que tinha bigodes, Quantas madrugadas tem a noite, Avódezanove e o segredo do soviético e, mais recentemente, Uma escuridão bonita.

Poderão encontrar algumas destas obras na nossa biblioteca, cuja leitura aconselhamos vivamente!

Venham participar neste encontro de culturas.
Fátima Veríssimo
(Profª Bibliotecária)

 

 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

PRÉMIO LITERÁRIO JOSÉ SARAMAGO

Escritor angolano Ondjaki foi distinguido com o Prémio José Saramago, pela obra Os Transparentes, publicada, em 2012, pela Editorial Caminho.
 

 
O escritor angolano Ondjaki, de 36 anos, com o romance "Os transparentes", é o vencedor do Prémio José Saramago 2013, no valor de 25.000 euros. A distinção foi anunciada hoje, no mesmo dia em que é publicado o seu novo livro, "Uma escuridão bonita", com ilustrações de António Jorge Gonçalves. É também o segundo galardão que o escritor recebe este ano, depois do Prémio Fundação Nacional do Livro Infantil.
Esta é a oitava edição do galardão, instituído pela Fundação Círculo de Leitores, que distingue autores com obra editada em língua portuguesa, no último biénio, menores de 35 anos à data de publicação da obra.
O júri, presidido por Guilhermina Gomes, do Círculo de Leitores, foi constituído pela poetisa Ana Paula Tavares, Manuel Frias Martins, da Universidade de Lisboa, Maria de Santa Cruz, da Universidade de Aveiro, Nazaré Gomes dos Santos, da Universidade Autónoma de Lisboa, pelos escritores Nélida Piñon e Vasco da Graça Moura e por Pilar del Río, presidente da Fundação José Saramago.
A obra "Os transparentes" foi publicada em 2012 pela Editorial Caminho e, segundo Vasco Graça Moura, surpreende pela "maneira como a sua utilização da língua portuguesa é, não só capaz de captar com a maior naturalidade as mais diversas situações num contexto social tão diferente do nosso, mas comporta em si mesma fermentos de uma inovação que espelha com força e realismo um quotidiano vivido na sua trepidação e também funciona eficazmente ao restituí-lo no plano literário".
A presidente da Fundação Saramago afirma, por seu turno, que "ao lermos 'Os transparentes' temos a sensação de estar a ler uma literatura inaugural".
"Sabemos que não é assim, que Angola tem grandes escritores e que muitos fazem do português em África um idioma sólido, versátil e belo, e que também Ondjaki faz parte de uma poderosa constelação", salienta Pilar del Río.
Segundo a sinopse da obra, publicada pela Caminho, no romance, "de novo aparece Luanda - a Luanda atual do pós-guerra, das especificidades do seu regime democrático, do 'progresso', dos grandes negócios, do 'desenrasca' - como pano de fundo de uma história que é um prodígio da imaginação e um retrato social de uma riqueza surpreendente".
Paulo José Miranda, Adriana Lisboa, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo e Andréa del Fuego foram os nomes premiados com este galardão nas edições anteriores. (Notícia de 5 de novembro de 2013)

Notícia retirada de:
 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Livro do mês - Novembro de 2013

"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde."
(André Maurois)
 
Boas leituras!
 


Top Leitores - Outubro de 2013

Na nossa escola temos ótimos leitores! No mês de outubro a leitora do mês foi a aluna Joana Nascimento do 5º A. Parabéns Joana!
J 


28 de outubro de 2103- Dia da Biblioteca Escolar

No passado dia 28 de outubro de 2013 celebrou-se o Dia da Biblioteca Escolar e a nossa Biblioteca dinamizou diversas atividades. Agradecemos a todos os participantes! E não se esqueçam...
A Biblioteca é uma porta para a vida!
 

Cá estamos para mais um ano de trabalho

Olá estimados seguidores! Retomamos o nosso trabalho, com algum atraso, devido às muitas tarefas que nos têm sido solicitadas. O ano letivo 2013/2014 surgiu com algumas novidades, resultantes da agregação das escolas que agora integram o Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia. Mas a nossa Biblioteca continua dinâmica e cheia de atividades e novidades.
 Vamos, então, dar início ao nosso trabalho...
 

sábado, 29 de junho de 2013

São Pedro (século I a.C., Betsaida, Galileia - cerca de 67 d.C., Roma)


Pedro (século I a.C., Betsaida, Galileia —cerca de 67 d.C., Roma) foi um dos doze apóstolosde Jesus Cristo, como está escrito no Novo Testamento e, mais especificamente, nos quatro Evangelhos. São Pedro foi o primeiro Bispo de Roma, sendo por isso, considerado o primeiro Papa pela Igreja Católica.
 
São Pedro, o Apóstolo e o pescador do lago de Genezareth, cativa seus devotos pela história pessoal. Homem de origem humilde, foi Apóstolo de Cristo e depois encarregado de fundar a Igreja Católica, tendo sido o seu primeiro Papa.
 
Depois da sua morte, São Pedro, segundo a tradição católica, foi nomeado chaveiro do Céu. Assim, para entrar no paraíso, é necessário que o santo abra as suas portas. Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer chover. Quando começa a trovejar, e as crianças choram com medo, é costume acalmá-las, dizendo: "É a barriga de São Pedro que está a roncar" ou "o São Pedro está a mudar os móveis de lugar".
 
Tal como São João e Santo António, São Pedro é um santo popular e a data é celebrada no mês dos santos populares – Junho.
 
Em Portugal o Dia de São Pedro comemora-se a 29 de Junho e a tradição manda que a população festeje a data decorando as ruas com várias cores e manjericos. Bailes e marchas populares são organizadas nas ruas e a música está sempre presente.
 
Na gastronomia, a sardinha assada, o pimento, broa, caldo verde e vinho são os elementos principais da festa.
 
Algumas cidades celebram o feriado municipal no dia de São Pedro como por exemplo, Póvoa de Varzim, Sintra e Bombarral.
 
Também considerado o protector das viúvas e dos pescadores, o Dia de São Pedro é festejado no Brasil, no dia 29 de Junho, com a realização de grandes procissões marítimas em sua homenagem.
 
Em terra, os fogos e o pau-de-sebo são as principais atracções festivas.
 
No dia de São Pedro, todos os que receberam o seu nome devem acender fogueiras à porta das suas casas. Além disso, se alguém atar uma fita ao braço de alguém chamado Pedro, ele tem a obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida àquele que o amarrou, em homenagem ao santo.
 
 
Biografia
 
Nome e importância
 
Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Actos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão. Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha, que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.
 
A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha. Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma (a Santa Sé), sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa (um tanto anacronicamente, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de dois séculos mais tarde – Pedro foi o primeiro Bispo de Roma); essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa sobre toda a Igreja Católica.
 
Dados biográficos
Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João.
 
Segundo o relato no Evangelho de São Lucas, Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com São Tiago e João, seus sócios, concedeu-lhe o lugar na barca que foi afastada um pouco da margem.
 
No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que é um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornará "pescador de homens".
 
Nos Evangelhos Sinóticos o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.
 
Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo Amado, quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.
 
Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e aí permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. A Bíblia atesta que após esta reunião, Pedro ficou em Antioquia (como o seu companheiro de ministério, Paulo, afirma em sua carta aos gálatas. A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma, esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur da Escola Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egipto ou em Antioquia. Hoje, porém os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou, que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de São Pedro em Roma. Sua vida continua sendo objecto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.
 
O primado de Pedro segundo a Igreja Católica
Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da pergunta: quem é Jesus? Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro.
 
Encontramos o relato do evento no Evangelho de São Mateus, 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?".
 
Simão Pedro, respondendo, disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus respondeu-lhe: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja, e as portas de Hades nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 16:19).
 
O Evangelho de João, bem como o de Lucas, também falam a respeito do primado de Pedro dever ser exercido particularmente na ordem da Fé, e que Cristo o torna chefe: Jesus disse a Simão (Pedro): "Simão, filho de João, tu Me amas mais do que estes? "Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Meus cordeiros". Segunda vez disse-lhe: "Simão filho de João, tu Me amas? - "Sim, Senhor”, disse ele, “tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta Minhas ovelhas". Pela terceira vez lhe disse: "Simão filho de João, tu Me amas? Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara “Tu Me amas?” e lhe disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Minhas ovelhas.
 
Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos.
 
Mais do que em Mt 16, 17:19 esse texto é mais claro no que se refere ao primado que Cristo confere a Pedro no próprio seio dos apóstolos; um papel de direcção na Fé.
 
O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma
A comunidade de Roma foi fundada e evangelizada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada actualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma, assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão de Pedro começou com São Lino (67) e, actualmente é exercida pelo papa Bento XVI.
 
Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilónia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho.” Trata-se da Igreja de Roma. Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se à Babilónia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilónia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilónia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilónia pela antiga literatura Cristã.
 
Os historiadores actualmente acreditam que a tradição católica está correcta, igualmente muitas tradições antigas corroboram com a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado:
 
·   Assim nos refere o bispo Dionísio de Corinto, em extracto de uma de suas cartas aos romanos (170):
"Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina evangélica. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente."
 
·   Gaio, presbítero romano, em 199:
"Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Vai à Via Óstia e lá encontrareis o troféu de Paulo; vai ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro."
 
Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: "Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja."
 
·   Orígenes (185-253) responsável pela Escola catequética em Alexandria afirmou:
"Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse crucificado de cabeça para baixo"
"Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo."
 
·   Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (actual Turquia) referiu:
"Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."
"Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja."
 
·   Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
"A Igreja também dos romanos publica - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro."
"Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor."
"Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz."
 
·   Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesáreia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
"Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade."
 
·   Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância (também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos Bispos de Roma:
"A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc..."
 
·   Doroteu:
"Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro."
 
"Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, na qual Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou."
 
·   Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África), escreveu a obra "A Unidade da Igreja" (De Ecclesiae Unitate), onde diz:
"A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal."
 
·   Santo Agostinho (354-430):
"A Pedro sucedeu Lino."
 
Os textos escritos pelo apóstolo
O Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A "Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro.
 
Indícios arqueológicos
A partir da década de 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".
 
Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de São Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de Outubro de 64 d.C. e não 29 de Junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.
 
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