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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Luís Vaz de Camões (c.1524 - c.1580)



Luís Vaz de Camões
 
Data de nascimento: provavelmente entre 1517 e 1524
Data de falecimento: 10 de Junho de 1580) é frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade. O seu génio é comparável ao de Virgílio, Dante, Cervantes ou Shakespeare. Das suas obras, a epopeia Os Lusíadas é a mais significativa.
 
Origens e juventude
Desconhece-se a data e o local onde terá nascido Camões. Admite-se que nasceu entre 1517 e 1525. A sua família é de origem galega que se fixou na cidade de Chaves e mais tarde terá ido para Coimbra e para Lisboa, lugares que reivindicam ser o local de seu nascimento. Frequentemente fala-se também em Alenquer, mas isto deve-se a uma má interpretação de um dos seus sonetos, onde Camões escreveu "[…] / Criou-me Portugal na verde e cara / pátria minha Alenquer […]". Esta frase isolada e a escrita do soneto na primeira pessoa levam as pessoas a pensarem que é Camões a falar de si. Mas a leitura atenta e completa do soneto permite concluir que os factos aí presentes não se associam à vida de Camões. Camões escreveu o soneto como se fosse um indivíduo, provavelmente um conhecido seu, que já teria morrido com menos de 25 anos de idade, longe da pátria, tendo como sepultura o mar.
 
O pai de Camões foi Simão Vaz de Camões e mãe Ana de Sá e Macedo. Por via paterna, Camões seria trineto do trovador galego Vasco Pires de Camões, e por via materna, aparentado com o navegador Vasco da Gama.
 
Entre 1542 e 1545, viveu em Lisboa, trocando os estudos pelo ambiente da corte de D. João III, conquistando fama de poeta e feitio altivo.
 
Viveu algum tempo em Coimbra onde teria frequentado o curso de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde tinha um tio padre, D. Bento de Camões. Não há registos da passagem do poeta por Coimbra. Em todo o caso, a cultura refinada dos seus escritos torna a única universidade de Portugal do tempo como o lugar mais provável de seus estudos. Ligado à casa do Conde de Linhares, D. Francisco de Noronha, e talvez preceptor do filho D. António, segue para Ceuta em 1549 e por lá fica até 1551. Era uma aventura comum na carreira militar dos jovens, recordada na elegia Aquela que de amor descomedido. Num cerco, teve um dos olhos vazados por uma seta pela fúria rara de Marte. Ainda assim, manteve as suas potencialidades de combate.
 
De regresso a Lisboa, não tarda em retomar a vida boémia. São-lhe atribuídos vários amores, não só por damas da corte mas até pela própria irmã do Rei D. Manuel I. Teria caído em desgraça, a ponto de ser desterrado para Constância. Não há, porém, o menor fundamento documental de que tal fato tenha ocorrido. No dia de Corpus Christi de 1552 entra em rixa, e fere um certo Gonçalo Borges. Preso, é libertado por carta régia de perdão de 7 de Março de 1553, embarcando para a Índia na armada de Fernão Álvares Cabral, a 24 desse mesmo mês.
 
Oriente
Chegado a Goa, Camões toma parte na expedição do vice-rei D. Afonso de Noronha contra o rei de Chembe, conhecido como o «rei da pimenta». A esta primeira expedição refere-se a elegia O Poeta Simónides falando. Depois Camões fixa-se em Goa onde escreveu grande parte da sua obra épica. Considerou a cidade como uma madrasta de todos os homens honestos. Lá estudou os costumes de cristãos e hindus, e a geografia e a história locais. Toma parte em mais expedições militares. Entre Fevereiro e Novembro de 1554 vai na armada de D. Fernando de Meneses constituída por mais de 1000 homens e 30 embarcações, ao Golfo Pérsico, aí sentindo a amargura expressa na canção Junto de um seco, fero e estéril monte. No regresso é nomeado "provedor-mor dos defuntos nas partes da China" pelo Governador Francisco Barreto, para quem escreveria o Auto do Filodemo.
 
Em 1556 parte para Macau, onde continuou os seus escritos. Vive numa célebre gruta com o seu nome e por aí terá escrito boa parte d'Os Lusíadas. Naufragou na foz do rio Mekong, onde conservou de forma heróica o manuscrito de Os Lusíadas então já adiantados (cf. Lus., X, 128). No naufrágio teria morrido a sua companheira chinesa Dinamene, celebrada em série de sonetos. É possível que datem igualmente dessa época ou tenham nascido dessa dolorosa experiência as redondilhas Sôbolos rios.
 
Regressa a Goa antes de Agosto de 1560 e pede a protecção do Vice-rei D. Constantino de Bragança num longo poema em oitavas. Aprisionado por dívidas, dirige súplicas em verso ao novo Vice-rei, D. Francisco Coutinho, Conde do Redondo, para ser liberto. Em 1568, vem para a ilha de Moçambique, onde, passados dois anos, Diogo do Couto o encontrou, como relata na sua obra, acrescentando que o poeta estava "tão pobre que vivia de amigos". (Década 8.ª da Ásia). Trabalhava então na revisão de Os Lusíadas e na composição de "um Parnaso de Luís de Camões, com poesia, filosofia e outras ciências", obra roubada. Diogo do Couto pagou-lhe o resto da viagem até Lisboa, onde Camões aportou em 1570. Em 1580, de regresso a Lisboa, assistiu à partida do exército português para o norte de África. Morre numa casa de Santana, em Lisboa, sendo enterrado numa campa rasa numa das igrejas das proximidades.
 
Os Lusíadas e a obra lírica
Os Lusíadas é considerada a principal epopeia da época moderna devido à sua grandeza e universalidade. As realizações de Portugal desde o Infante D. Henrique até à união dinástica com Espanha em 1580 são um marco na História, marcando a transição da Idade Média para a Época Moderna. A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia. É uma epopeia humanista, mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia pagã à visão cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso e no desejo de aventura, na apreciação do prazer e nas exigências de uma visão heróica.
A obra lírica de Camões foi publicada como "Rimas", não havendo acordo entre os diferentes editores quanto ao número de sonetos escritos pelo poeta e quanto à autoria de algumas das peças líricas. Alguns dos seus sonetos, como o conhecido Amor é fogo que arde sem se ver, pela ousada utilização dos paradoxos, prenunciam o Barroco.
 
O estilo
É fácil reconhecer na obra poética de Camões dois estilos não só diferentes, mas talvez até opostos: um, o estilo das redondilhas e de alguns sonetos, na tradição do Cancioneiro Geral; outro, o estilo de inspiração latina ou italiana de muitos outros sonetos e das composições (h)endecassílabas maiores. Chamaremos aqui ao primeiro o estilo engenhoso, ao segundo o estilo clássico.
O estilo engenhoso, tal como já aparece no Cancioneiro Geral, manifesta-se sobretudo nas composições constituídas por mote e voltas. O poeta tinha que desenvolver um mote dado, e era na interpretação das palavras desse mote que revelava a sua subtileza e imaginação, exactamente como os pregadores medievais o faziam ao desenvolver a frase bíblica que servia de tema ao sermão. No desenvolvimento do mote havia uma preocupação de pseudo-rigor verbal, de exactidão vocabular, de modo que os engenhosos paradoxos e os entendimentos fantasistas das palavras parecessem sair de uma espécie de operação lógica.
As obras dele foram dividas em líricas e amorosas. Um exemplo das obras líricas foi Os Lusíadas, dividido em 10 cantos, exalta a conquista de Portugal na rota das índias.
 
Obras
 
 
Teatro
· 1587 - El-Rei Seleuco
 
Bibliografia
· "Os Lusíadas". Catálogo da Exposição Bibl., iconogr. e medalhística de Camões. Intr., sel. e notas de José V. de Pina Martins. Lisboa, 1972;
· Col. Camoniana de José do Canto. Lisboa, 1972.
 
Bibliografia activa
· Anfitriões. Pref. e notas de Vieira de Almeida. Lisboa, 1942;
· El-Rei Seleuco. Id. Ib., 1944;
· Obras completas. Com prefácio e notas de Hernâni Cidade. Lisboa, 1946-1947;
· Obra completa. Org., intr., com. e anotações de A. Salgado Júnior. R. de Janeiro, 1963;
· Os Lusíadas. Leitura, prefácio e notas de Álvaro J. da Costa Pimpão. Lisboa, 1992;
· Rimas. Texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J. da Costa Pimpão. Coimbra, 1994
 
Bibliografia passiva
· Rebelo Gonçalves, Dissertações Camonianas. S. Paulo, 1937;
· António Salgado Júnior, Os Lusíadas e a viagem do Gama. O tratamento mitológico de uma realidade histórica. Porto, 1939;
· B. Xavier Coutinho, Camões e as artes plásticas. Porto, 1946-1948;
· J. Vieira de Almeida, Le théâtre de Camões dans l'histoire du théâtre portugais. Lisboa, 1950;
· H. Cidade, L. de Camões. Os Autos e o teatro do seu tempo. As cartas e o seu conteúdo biográfico. Lisboa, 1956;
· Jorge de Sena, Uma canção de Camões. Lisboa, 1966; id., Os sonetos de Camões e o soneto quinhentista peninsular. Lisboa, 1969;
· Georges le Gentil, Camões. Lisboa, 1969;
· Roger Bismut, La Lyrique de Camões. Paris, 1970;
· Vítor M. de Aguiar e Silva, Maneirismo e Barroco na poesia lírica portuguesa. Coimbra, 1971;
· M.ª Isabel F. da Cruz, Novos subsídios para uma ed. crítica da Lírica de Camões. Porto, 1971;
· Visages de L. de Camões. Paris, 1972;
· António José Saraiva, Camões. Lisboa, 1972;
· XLVIII Curso de Férias da Faculdade de Letras de Coimbra. Ciclo de lições comemorativas do IV Cent. da publ. de "Os Lusíadas". Coimbra, 1972;
· Luciano Pereira da Silva, A Astronomia de "Os Lusíadas". Lisboa, 1972;
· Ocidente (n.º especial). Nov. 1972;
· Garcia de Orta (n.º especial). Lisboa, 1972;
· Cleonice Berardinelli, Estudos Camonianos. R. de Janeiro, 1973; Estudos Camonianos. R. de Janeiro, 1974;
· João Mendes, Lit. Portuguesa I. Lisboa, 1974;
· E. Asensio, Sobre El Rey Seleuco de Camões, em Estudios Portugueses. Paris, 1974;
· Roger Bismut, Les Lusiades de Camões, confession d'un poète. Paris, 1974;
· Vítor M. de Aguiar e Silva, Notas ao cânone da Lírica camoniana. Coimbra, 1968 e 1975;
· Gilberto Mendonça Teles, Camões e a poesia brasileira. R. de Janeiro,1979;
· José Maria Rodrigues, Fontes dos Lusíadas. Lisboa, 1979;
· Quaderni Portoghesi, 6. Pisa, 1979;
· Studi Camoniani. L'Aquila, 1980;
· Homenaje a Camoens. Estudios y ensayos hispano-portugueses. Granada, 1980;
· Brotéria, vols. 110 e 111;
· Luís F. Rebelo, Variações sobre o teatro de Camões. Lisboa, 1980;
· A. Costa Ramalho, Estudos Camonianos. 2Lisboa, 1980;
· A. Pinto de Castro (et al.), Quatro orações camonianas. Lisboa, 1980;
· Eduardo Lourenço, Poesia e Metafísica. Lisboa, 1980;
· Hélder de Macedo, Camões e a viagem iniciática. Lisboa, 1980;
· Jorge de Sena, A estrutura de "Os Lusíadas" e outros estudos camonianos e de poesia peninsular do séc. XVI. Lisboa, 1980; id.,30 Anos de Camões. Lisboa, 1980;
· Cleonice Berardinelli, Os sonetos de Camões. Paris, 1980;
· Jorge Borges de Macedo, "Os Lusíadas e a História. Lisboa, 1980;
· J. G. Herculano de Carvalho, Contribuição de "Os Lusíadas" para a renovação da língua portuguesa. Coimbra, 1980;
· Vasco Graça Moura, L. de Camões: alguns desafios. Lisboa, 1980;
· José Hermano Saraiva, Vida Ignorada de Camões. Lisboa, 1980.
· W. Storck, Vida e obras de L. de Camões. Lisboa, 1980;
· Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, 1980-1981;
· M.ª Vitalina Leal de Matos, Introdução à poesia de L. de Camões. Lisboa, 1980; id., O canto na poesia épica e lírica de Camões. Paris, 1981;
· M.ª Clara Pereira da Costa, O enquadramento social da Família de Camões na Lisboa do séc. XVI. Lisboa, 1981;
· José Pedro Machado, Notas Camonianas. Lisboa, 1981;
· J. Filgueira Valverde, Camões. Coimbra, 1981; Cuatro lecciones sobre Camoens. Madrid, 1981;
· A. Pinto de Castro, Camões, poeta pelo mundo em pedaços repartido. Lisboa, 1981;
· A Viagem de "Os Lusíadas": símbolo e mito. Lisboa, 1981;
· E. Asensio e J. V. de Pina Martins, L. de Camões. El Humanismo en su obra poética. Los Lusíadas y las Rimas en la poesía española. Paris, 1982;
· M.ª Lucília G. Pires, A crítica camoniana no séc. XVII. Lisboa, 1982;
· J. de Sena, Estudos sobre o vocabulário de "Os Lusíadas". Lisboa, 1982;
· Jacinto do Prado Coelho, Camões e Pessoa, poetas da utopia. Lisboa, 1983;
· H. Cidade, L. de Camões. I. O Lírico. Lisboa, 1985; id., L. de Camões. II. O Épico. Lisboa, 1985;
· Camoniana Californiana. St.ª Bárbara, 1985;
· Vasco Graça Moura, Camões e a divina proporção. Lisboa, 1985; id., Os penhascos e a serpente. Lisboa, 1987;
· Fidelino de Figueiredo, A épica portuguesa do séc. XVI. Lisboa, 1987;
· Martim de Albuquerque, A expressão do Poder em L. de Camões. Lisboa, 1988;
· J. A. Cardoso Bernardes, O Bucolismo português. Coimbra, 1988;
· M.ª Helena Ribeiro da Cunha, A dialéctica do desejo na Lírica de Camões. Lisboa, 1989;
· A. Costa Ramalho, Camões no seu e no nosso tempo. Coimbra, 1992;
· Actas das Reuniões Internacionais de Camonistas: I (Lisboa, 1973); III (Coimbra, 1987); IV (Ponta Delgada, 1984) e V (S. Paulo, 1992);
· Revista Camoniana (S. Paulo, 10 vols publ. desde 1964).
· Grande enciclopédia do conhecimento
 
Fonte
 
Ver também

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Acordo Ortográfico - Brutal!!!

O Acordo Ortográfico

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam.
Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.
Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.
É um fato que não se pronunciam.
Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se?
O que estão lá a fazer?
Aliás, o qe estão lá a fazer ?
Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade .
Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.
Porqe é qe "assunção" se escreve com "ç" e "ascensão" se escreve com "s"?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o "ç".
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o "ç" e o substitua por um simples "s" o qual passaria a ter um único som.
Como consequência, também os "ss" deixariam de ser nesesários já qe um "s" se pasará a ler sempre e apenas "s".
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, "uzar", é isso mesmo, se o "s" pasar a ter sempre o som de "s" o som "z" pasará a ser sempre reprezentado por um "z".
Simples não é? se o som é "s", escreve-se sempre com s. Se o som é "z" escreve-se sempre com "z".
Quanto ao "c" (que se diz "cê" mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de "q") pode, com vantagem, ser substituído pelo "q". Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de "k" .Ponha um q.
Não pensem qe me esqesi do som "ch" .
O som "ch" será reprezentado pela letra "x".
Alguém dix "csix" para dezinar o "x"? Ninguém, pois não ?
O "x" xama-se "xis".
Poix é iso mexmo qe fiqa .
Qomo podem ver, já eliminámox o "c", o "h", o "p" e o "u" inúteix, a tripla leitura da letra "s" e também a tripla leitura da letra "x".
Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex.
Não, não leiam "simpléqs", leiam simplex .
O som "qs" pasa a ser exqrito "qs" u qe é muito maix qonforme à leitura natural.
No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.
Vejamox o qaso do som "j" .
Umax vezex excrevemox exte som qom "j" outrax vezex qom "g"- ixtu é lójiqu?
Para qê qomplicar ? ! ?
Se uzarmox sempre o "j" para o som "j" não presizamox do "u" a segir à letra "g" poix exta terá, sempre, o som "g" e nunqa o som "j" .
Serto ?
Maix uma letra mud
a qe eliminamox .
É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem !
Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ?
Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ?
Outro problema é o dox asentox.
Ox asentox só qompliqam!
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.
A qextão a qoloqar é: á alternativa?
Se não ouver alternativa, pasiênsia.
É o qazo da letra "a" .
Umax vezex lê-se "á", aberto, outrax vezex lê-se "â", fexado.
Nada a fazer.
Max, em outrox qazos, á alternativax.
Vejamox o "o": umax vezex lê-se "ó", outrax lê-se "u" e outrax, lê-se "ô" .
Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso!
qe é qe temux o "u" ?
Se u som "u" pasar a ser sempre reprezentado pela letra "u" fiqa tudo tão maix fásil !
Pur seu lado, u "o" pasa a suar sempre "ó", tornandu até dexnesesáriu u asentu.
Já nu qazu da letra "e", também pudemux fazer alguma qoiza :
quandu soa "é", abertu, pudemux usar u "e" .
U mexmu para u som "ê" .
Max quandu u "e" se lê "i", deverá ser subxtituídu pelu "i" .
I naqelex qazux em qe u "e" se lê "â" deve ser subxtituidu pelu "a" .
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.
Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u "til" subxtituindu, nus ditongux, "ão" pur "aum", "ães" – ou melhor "ãix" - pur "ainx" i "õix" pur "oinx" .
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.


Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu.

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum? 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Redassão

O mano
Cando o meu mano nacer, vai chamarce Herrar, porque me pai dis que Herrar é o mano.



Não há acordos ortográficos que resistam a isto...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Será que a presidenta foi estudanta?

Interessante ser uma professora brasileira a autora deste texto
Na recente entrevista de Miguel Sousa Tavares à Presidente do Brasil, Dilma Roussef, o conhecido escritor e jornalista, por várias vezes, tratou a sua entrevistada por PRESIDENTA.
Existe a palavra PRESIDENTA? E se colocarmos um "BASTA" no assunto?


Será que a presidenta foi estudanta?
Miriam Rita Moro Mine
Universidade Federal do Paraná
 
Tenho notado, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito, que a candidata Dilma Roussef e seus apoiantes pretendem que ela venha a ser a primeira presidenta do Brasil, tal como atesta toda a propaganda política veiculada na mídia. Presidenta?!
 
Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua? Bem, vejamos:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
 
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendigar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
 
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.

Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
 
Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizantas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".
 
Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação...
 
Já estão a tratar a nova presidente da Assembleia da República por "Srª Presidenta!..."

quinta-feira, 31 de março de 2011

Pedro Seromenho (biografia)

Pedro Seromenho Rocha, de nacionalidade portuguesa, nasceu em 1975, na cidade de Salisbúria (Harare), República do Zimbabué. Com apenas dois anos de idade fixou-se em Tavira e mais tarde em Braga, onde reside actualmente.

Embora se tenha formado em Economia, desde muito cedo demonstrou excepcionais apetências pelo universo da escrita e da pintura, colaborando em inúmeras publicações e exposições como escritor e ilustrador.

Publicou diversos livros, entre eles: A Nascente de Tinta, Por Que é Que os Animais Não Conduzem?, O Reino do Silêncio e 900 – A História de um Rei.








Há novecentos anos, em 1109, nasceu o corajoso Afonso Henriques. Ainda jovem armou-se cavaleiro, combateu a mãe e opôs-se ao primo, o Imperador da Hispânia. Como conquistador, travou batalhas, tomou cidades, derrotou os reis almorávidas e formou o Reino de Portugal. Foi pela traição que o derrotaram. Como homem, teve uma infância solitária, paixões arrebatadoras, um casamento de conveniência e enfrentou uma maldição materna. Ignorado pelo papa, foi o próprio povo que o aclamou Rei. Esta é a sua história.













A Nascente de Tinta é a primeira aventura do pequeno Gonçalo que, ao receber um búzio com poderes, entra num universo fantástico! É através desta porta encantada que o menino mergulha até ao fundo do mar, até à Assembleia Aquática, onde precisam da sua ajuda. Este é o inicio de uma mirabolante viagem por sítios tão fantásticos quanto o Reino das Letras, o Reino das Mãos Falantes, a Colina dos Desejos ou o Deserto das Ideias.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Queres saber porque é que o dinossauro, a toupeira, o papagaio e muitas outras criaturas não podem conduzir?! Então entra neste livro e deixa-te guiar por um mundo divertido de animais que parecem pessoas reais. Sem regras nem sinais as estradas são uma selva e os perigos muitos mais. Boa viagem... em segurança!

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quem não sonhou já encontrar uma Princesa, pegar-lhe na mão e voarem juntos? Nesta aventura, o pequeno Gonçalo viaja até ao Reino do Silêncio, sítio de mitos e segredos, que é governado por um Rei Tirano. Com um coração de pedra e obcecado pelo poder, este Rei passa a vida a inventar leis, a proibir a música e a impedir os outros de serem felizes. Ninguém sabe ao certo o porquê deste Silêncio. Por isso, desafiando-o, o Gonçalo parte em busca de uma Pedreira Encantada, onde, segundo uma lenda, se esconde algo mágico e doce que pode mudar o destino do Reino.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O que é tautologia?

Tautologia é o termo usado para definir um dos vícios, e erros, mais comuns de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:

- Acabamento final
- Certeza absoluta
- Quantia exacta
- Nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- Juntamente com
- Expressamente proibido
- Em duas metades iguais
- Sintomas indicativos
- Há anos atrás
- Vereador da cidade
- Outra alternativa
- Detalhes minuciosos
- A razão é porque
- Anexo junto à carta
- De sua livre escolha
- Todos foram unânimes
- Conviver junto
- Facto real
- Encarar de frente
- Multidão de pessoas
- Amanhecer o dia
- Criação nova
- Retornar de novo
- Empréstimo temporário
- Surpresa inesperada
- Escolha opcional
- Planear antecipadamente
- Abertura inaugural
- Continua a permanecer
- A última versão definitiva
- Possivelmente poderá ocorrer
- Comparecer em peso
- Gritar bem alto
- Propriedade característica
- Demasiadamente excessivo
- O seu critério pessoal
- Exceder em muito.


Repare que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, “surpresa inesperada”. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.

O que é um Palíndromo?

Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente e, da esquerda para a direita e ao contrário.

Exemplos: OVO, OSSO, RADAR.

O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:

SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.

Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...

ANOTARAM A DATA DA MARATONA
ASSIM A AIA IA A MISSA
A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA
A DROGA DA GORDA
A MALA NADA NA LAMA
A TORRE DA DERROTA
LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL
O CÉU SUECO
O GALO AMA O LAGO
O LOBO AMA O BOLO
O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO
RIR, O BREVE VERBO RIR
A CARA RAJADA DA JARARACA
SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Lince" - conversor para nova ortografia, ferramenta útil

Para conhecimento e divulgação.

Lince - conversor para nova ortografia

Foi hoje lançado pela Ministra da Cultura o Lince-conversor para a nova ortografia, produzido por uma equipa do Instituto de Linguística Teórica e Computacional, sob a orientação da Prof. Doutora Margarita
Correia. É uma ferramenta gratuita que permite converter documentos inteiros à velocidade da luz, transformando o português de antes no português de amanhã. Está disponível no Portal da Língua Portuguesa, em:

http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lince

Guardem ou ponham nos favoritos porque pode vir a ser útil.