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Biblioteca da Escola EB 2/3 Dom Paio Peres Correia - Tavira
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No Porto, Dr. Nunes da Ponte, lê na varanda central dos Paços do Concelho o texto da proclamação e declara “perpetuamente abolida a Dinastia de Bragança”.
Segundo o suplemento do Diário do Governo nº 222, fica assim constituído o 1º Governo Provisório
Presidente – Dr. Joaquim Theophilo Braga
Interior – Dr. António José Almeida
Justiça – Dr. Affonso Costa
Fazenda – Basílio Teles
Guerra – António Xavier Correia Barreto
Marinha – Amaro Justiniano de Azevedo Gomes
Estrangeiro – Dr. Bernardino Luís Machado Guimarães
Obras Públicas – Dr. António Luís Gomes
A Família Real parte para o exílio, embarca no Iate Amélia com destino a Gibraltar.
O Governo Britânico disponibiliza o Iate Real Victoria And Albert para conduzir o Rei, a Rainha D. Amélia e o Infante D. Afonso para Inglaterra. A Rainha D. Maria Pia será conduzida, de Gibraltar para Itália, a bordo de um navio Italiano.
O movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910 deu-se em natural sequência da acção doutrinária e política que, desde a criação do Partido Republicano, em 1876, vinha sendo desenvolvida.
O rápido sucesso deste movimento que instaurou a República deve-se, em grande parte, à colaboração da Carbonária, sociedade secreta que actuava ligada à Maçonaria.
Machado Santos era membro dirigente da Alta Venda, um dos mais importantes centros da Carbonária, parte dele o aliciamento de muitos revolucionários entre praças, sargentos, marinheiros, operários, estudantes, populares em geral.
Aumentando contraposição entre a República e a Monarquia, a propaganda republicana fora sabendo tirar partido de alguns factos históricos de repercussão popular: as comemorações do terceiro centenário da morte de Camões, em 1880, e o Ultimatum inglês, em 1890, fora aproveitados pelos defensores das doutrinas republicanas que se identificaram com os sentimentos nacionais e aspirações populares.
Após o 5 de Outubro foi substituída a bandeira portuguesa. As cores verde e vermelho significam, respectivamente, a esperança e o sangue dos heróis. A esfera armilar simboliza os Descobrimentos, os sete castelos representam os primeiros castelos conquistados por D. Afonso Henriques, as cinco quinas significam os cinco reis mouros vencidos por este Rei e, finalmente, os cinco pontos em cada uma, as cinco chagas de Cristo. O hino A Portuguesa, composto por Alfredo Keil, com texto de Henrique de Mendonça, tornou-se o Hino Nacional (»ouvir«).