O Dia dos Namorados, tratado em muitos países como Dia de São
Valentim, é uma data comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre
casais, quando é comum a troca de cartões com mensagens românticas e presentes
com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons em
formato de coração. Entre nós, o Dia dos Namorados celebra o amor, a paixão
entre amantes e a partilha de sentimentos. Todos os anos, no dia 14 de
Fevereiro, ocorre a azáfama da troca de chocolates, envio de postais e de
oferta de flores. Muitos casais planeiam jantares românticos, noites especiais
e fazem planos para surpreender e agradar à sua «cara-metade». Há também quem
escolha este dia para se declarar à pessoa amada e também quem avance com
pedidos de casamento, embebido pelo espírito do dia.
No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho, já em Portugal,
a data é celebrada em seu dia mais tradicional: 14 de Fevereiro.
O Dia dos Namorados é celebrado naquele que até 1969, era o Dia de
São Valentim (ou Valentinus em latim). São Valentim, é um santo reconhecido
pela Igreja Católica e igrejas orientais, que dá nome ao Dia dos Namorados em
muitos países, onde se celebra o Dia de São Valentim, no entanto a Igreja
Católica decidiu não celebrar os santos cujas origens não são claras. Isto
porque até nós chegaram relatos de pelo a pelo menos três santos martirizados
na Roma Antiga, directamente relacionados com o dia 14 de Fevereiro.
A dúvida persiste no entanto, em saber a qual dos santos se refere
este dia. Muitos acreditam tratar-se de um padre que desafiou as ordens do
imperador romano Claudio II. A lenda diz que o imperador proibiu os casamentos
com o argumento de que os rapazes solteiros e sem laços familiares, eram
melhores soldados. Valentim terá ignorado as ordens e continuado a fazer
casamentos em segredo a jovens que o procuravam. Segundo a lenda, Valentim foi
preso e executado no dia 14 de Fevereiro, por volta do ano 270 d.c.
As raízes deste dia remontam à Roma Antiga e à Lupercália, festa
em homenagem a Juno, deusa associada à fertilidade e ao casamento. O festival
consistia numa lotaria, onde os rapazes tiravam à sorte de uma caixa, o nome da
rapariga que viria a ser a sua companheira durante a duração das festividades,
normalmente, um mês. A celebração decorreu durante cerca de 800 anos, em
Fevereiro, até que em 496 d.c., o Papa Gelásio I decidiu instituir o dia 14
como o dia de São Valentim, para que a a celebração cristã absorvesse o
paganismo da data.
Durante o governo do imperador Cláudio II, este proibiu a
realização de casamentos em seu reino, com o objectivo de formar um grande e
poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens se não tivessem família,
alistariam-se com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a
celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim
e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim
foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam
flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as
pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem invisual, Asterias,
filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim.
Os dois acabaram apaixonando-se e milagrosamente a jovem recuperou a visão. O
bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte
assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi
decapitado em 14 de Fevereiro de 270.
Outra lenda diz que um outro padre católico se recusou a converter
à religião de Claudio II, e este mandou prendê-lo. Na prisão, Valentim
apaixonou-se pela filha do carcereiro que o visitava regularmente, a quem terá
deixado um bilhete assinando: «Do teu valentim» (em inglês, «from your
Valentine»), antes da sua execução, também em meados do século III..
Nesta lenda, a conotação do dia e do amor que ele representa não
se relaciona tanto com a paixão, mas mais com o «amor cristão» uma vez que ele
foi executado e feito mártir pela sua recusa em rejeitar a sua religião.
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