21 de março
- Dia Mundial da Poesia - foi criado na 30ª Conferência da UNESCO, em 1999.
- Celebra a diversidade da palavra, das ideias, da linguagem e da sua criatividade.
- Dia Mundial da Árvore e da Floresta - teve início em 1872, no estado norte-americano do Nebraska (EUA). O seu mentor foi o jornalista e político Julius Sterling Morton, que incentivou a plantação ordenada de diversas árvores para resolver o problema da escassez do material lenhoso.
- A Festa da Árvore rapidamente se expandiu a quase todos os países do mundo, e em Portugal comemorou-se pela primeira vez a 9 de março de 1913.
- Em 21 de março de 1972 (início da Primavera no hemisfério norte), foi comemorado o primeiro Dia Mundial da Floresta em vários países, entre os quais Portugal.
https://unric.org/pt/dia-mundial-da-poesia-celebra-forma-preciosa-de-expressao-humana/
A poesia concilia escrita e leitura
na expressão de sentimentos, emoções, pensamentos e, como arte que é, pode
aliar-se a outras artes, como a música, a pintura, a dança, o teatro. O poeta é
um ser MAIOR, que vê o invisível, que sente e vive o mundo que o rodeia, a
natureza, o mar… como ninguém!
Ora para assinalar o Dia da Poesia nada melhor que o texto poético de duas grandes poetisas de épocas muito diferentes, que admiro bastante: Florbela Espanca (séc. XX) e Conceição Ferreira (séc. XXI). As suas palavras enlevam-nos num mundo maravilhoso, perfeito, singular!
Fátima Veríssimo (PB)
SER POETA
Ser poeta é ser mais
alto, é ser maior
Do que os homens! Morder
como quem beija!
É ser mendigo e dar como
quem seja
Rei do Reino de Aquém e
de Além Dor!
É ter de mil desejos o
esplendor
E não saber sequer que
se deseja!
É ter cá dentro um astro
que flameja,
É ter garras e asas de
condor!
É ter fome, é ter sede
de infinito!
Por elmo, as manhãs de
oiro e de cetim…
É condensar o mundo num
só grito!
E é amar-te, assim,
perdidamente…
É seres alma, e sangue,
e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
ALUCINAÇÃO
Se algum dia vires em mim
Intenso e alucinado olhar,
Sabe que ele existe por ti,
Por ti e só por ti, mar!
É tão veemente a vontade
De me aprisionar toda em ti
Que ninfa me faço, de verdade,
Só para me poderes amar!
Afaga-me o corpo, o rosto,
Embala-me na ondulação
Bebe-me os soluços, o desgosto,
Abraça-me nas marés cheias
Perfuma-me com a tua maresia
Canta-me a mais bela canção
Dedica-me a tua poesia.
E, se a noite for alva de luar,
À lua confessa também
Que me amas como a ninguém
Para ela em mim brilhar!
Conceição Ferreira
“A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e
sentimentais.”
Voltaire
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